Ernesto Rodrigues

Ernesto Rodrigues Poems

1.

Imóvel

Acredito na água
...

La réalité impuissante

déposée sur mon visage
...

O silêncio das pedras

carícia do vento
...

Habitamos o mesmo universo
Respiramos o mesmo ar
Comunicamos no mesmo alfabeto
Partilhámos momentos únicos
...

És amor
como a inocência de um mistério
moves os lábios
os teus lábios de esperança
...

Si longues sont les journées
comme ces rêves inassouvis
deux ombres qui s'enlacent
dans ce paysage liquide
...

Daqui
de todo este céu

Siderado
...

Observo

Persuadida pelo próprio ego
O saco repleto de quimeras
Deslumbra-se ao passar em cada esquina
...

As tuas palavras tocam-me
como se ganhassem vida

Amo-te com muito cuidado
...

10.

Coming the time in all our lives
when we must face
the separating roads
...

Através da minha janela
contemplo o céu
livre e estrelado

respiro a noite e a vida
...

Não sei como dizer
Sucedem-se os dias
Tornas-te sublime
...

13.

A indizível luz
na noite generosa

A exuberância revestida
da amante occasional
...

14.

Maintenant c'est la pluie qui succède aux rayons de soleil
Il semble que nous habitons la même ville
Un jardin éphémère òu les corps font des caresses
J'espère partager avec toi le cri de l'océan
...

Il était une fois...

J'ai découvert
un grain de sable à la plage

Singulier
...

Les feuilles mortes
les épines des roses
l'ennui des ports
les mains enchaînées
...

Mettant le ton bleu aux jours
c'est aimer la vie en toi

Le chant de la pluie
Moi, je suis un arbre qui ne cache
...

Deixas que os dias se escapem por entre os dedos de uma mão
Uma mão que é tua e que tudo parecia alcançar
Uma história real de fantasias
em que nada ficou por dizer
...

Sans espoir de retour
les pas de la nuit qui tremble
on casse toutes les règles
d'un univers singulier
...

Singular

Onde o tempo perdura
e se confunde
com o infinito absoluto dos nossos arquétipos
...

The Best Poem Of Ernesto Rodrigues

Bruma

Imóvel

Acredito na água

que lava a seiva dos dias


Na água

que cura a dor dos enganos


a estrela cadente

as horas de lava

o luar de sangue


Os meus olhos nos teus olhos

troco o sol pelo teu rosto


Entre as pedras

perfilo abandonos ao vento

sonhos fiéis


Lágrimas que respiram

madrugadoras

aos domingos

em maiúsculas


As palavras

o mar

e nada mais

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