Anestesia (Anesthesia In Galego) Poem by Kinga Fabo

Anestesia (Anesthesia In Galego)

Pensei: el lavou-me toda.
No entanto apenas me borrifou.
Estirou as minhas cores.
Engurrou-nas. Meteu-nas no interior da estátua.

Entom chegárom os fedores.
As raízes mal prendidas.
Como o corpo do delito.
Na mesa de operações.

Som estéril.
Famosa por fora.
Vazia por dentro.
Os meus verbos auxiliares som homes com toucas.

A doaçom del: vias férreas sem sorrisos;
sempre prontas para a tragédia -
estranhas, como um latejo do coraçom -
o pecado é tam só um adorno.

Nom tenho paz. Estou certa:
deitarei raiz nalgures.
El é um profissional.
Quer-me congelada.

(Suso Moinhos)

This is a translation of the poem Anesthesia by Kinga Fabo
Wednesday, June 7, 2017
Topic(s) of this poem: sadness
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