No Turbilhão Poem by Antero Tarquinio de Quental

No Turbilhão

No meu sonho desfilam as visões,
Espectros dos meus proprios pensamentos,
Como um bando levado pelos ventos,
Arrebatado em vastos turbilhões...

Numa espiral, de estranhas contorsões,
E donde sáem gritos e lamentos,
Vejo-os passar, em grupos nevoentos,
Distingo-lhes, a espaços, as feições...

--Fantasmas de mim mesmo e da minha alma,
Que me fitaes com formidavel calma,
Levados na onda turva do escarceo,

Quem sois vós, meus irmãos e meus algozes?
Quem sois, visões miserrimas e atrozes?
Ai de mim! ai de mim! e quem sou eu?!...

COMMENTS OF THE POEM
READ THIS POEM IN OTHER LANGUAGES
Close
Error Success