Encontro Poem by Carlos Aragao

Encontro

De todas as noites que corro de mim mesmo,
As mais longas ainda parecem que estão por chegar...
Dores e flores distribuídas pelo caminho,
Rancores e magoas acolhidos pela estrada.
A certeza de estar chegando a lugar nenhum,
E o desespero de um por de sol sem minha amada....

Me entrego a um destino de solidão e medo,
Onde so existo eu, a dor e a solidão.
Onde me coloco sem sentir,
em posicao de sentido.
Defensivo e débil,
Ofensivo e crédulo,
Em uma guerra total comigo mesmo.

Mil vidas vivesse,
Mil vidas desperdiçaria...
Na ânsia de ser feliz, mas sem te tocar,
Sem me entregar,
Em um total medo de amar...

Me vejo em você,
E você dentro de mim,
Numa procura de sentido sem fim,
Do que foi uma vez uma dor,
De tudo ter e não pertencer,
ao beijar a sombra do que eramos,
e idolatrar o pavor...
...de viver sem teu amor.

Alma perdida, alma vencida,
Dores compartidas, entre amores e vidas,
Um gosto de pimenta,
Uma vida cinzenta...

Não passamos de sonhos,
Não somos mais que tormentas.
Uma chuva que cai e me salva,
Um sorriso que me libera, e me dói....
Um toque...
....inesquecível, incompreensível,
Uma total falta de controle,
Uma consciência de dor,
E que pertencer...
...gera medo e tremor...

Sentir a humanidade escondida aflorar, como instinto perdido,
Sentir que o amor e um poder, e que não estou vencido...
E o torpor se transforma em lagrimas,
Uma alegria não conhecida,
Uma chuva perdida...
Chorando, finalmente, me entrego a ti,
Questionando a mim mesmo a demora,
Em que o eu, que sempre fomos,
Tenha finalmente, definitivamente,
Se entregado a mim mesmo.

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